De 19 a 24 de junho foi realizado o cineclube Cinema Chileno Hoje, no Cine Olido, com o intuito de nos atualizar sobre a situação do que se produz, em termos cinematográficos, atualmente no Chile.
Não consegui assistir a todos os filmes, infelizmente, e dos que assisti, apenas dois chamaram a minha atenção: Música Campesina e Velódromo, ambos sob direção de Alberto Fuguet e com o mesmo ator protagonista, Pablo Cerda.
O primeiro conta a história do músico Tazo Alejandro, que viaja para Nashville, nos Estado Unidos, junto com a namorada, de quem logo se separa. A partir disso, sua rotina se mistura entre arranjar lugares pra dormir e conhecer novas pessoas, mesmo sem saber falar muito bem inglês.
É um filme que vale por alguns diálogos - como aquele em que Tazo e um norte-americano discutem sobre a filmografia de Clint Eastwood e mencionam o filme Nashville, de Robert Altman - e sobre como o Chile ainda pode ser um país desconhecido pra muita gente (tanto que, em determinado momento do filme, Tazo diz ser espanhol).
O segundo - Velódromo -, trata da história de Ariel Roth, próximo de completar 35 anos de idade, que é abandonado pela namorada e melhor amigo, em virtude de suas manias (uma delas, andar de bike pra lá e pra cá) e ritmo de vida. É um filme que empolga no começo, mas que se alonga demais. É bom ver filmes que retratam de certa forma o cotidiano de "pessoas normais" - assim como em Medianeiras. Mas Velódromo peca pelo excesso em tentar abobalhar muito Ariel em determinados momentos, ao passo que, em vez de nos identificarmos cada vez mais com o personagem - como acontece em Medianeiras (pelo menos no meu caso) -, acabamos nos afastando.
De qualquer forma, são filmes que eu aconselho buscarem de alguma forma (leia-se torrent), haja vista que é improvável, pra não dizer impossível, que tenham distribuição no Brasil.
Os outros que assisti, coincidentemente, voltados para a temática política, mais propriamente sobre a ditadura de Pinochet - Lucia, O Edifício dos Chilenos e Post Morten - não me agradaram tanto.

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