domingo, 19 de janeiro de 2014

Artifact - 30 Seconds to Mars

Como sugestão da Camila, hoje assistimos a Artifact, documentário dirigido por Bartholomew Cubbins - pseudônimo de Jared Leto, líder e vocalista do 30 Seconds to Mars, diretor do documentário e dos videoclipes da banda, excelente ator (vide Réquiem por um Sonho, Mr. Nobody e do esperado Dallas Buyers Club, pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, além de ser uma pessoa a ser seriamente estudada, pois não entendo como alguém pode parecer tão jovem com 42 anos e arrumar tanto tempo pra fazer tanta coisa!

Dito isso, vale falar que o documentário é muito bom e enfatiza muito a crise da industria da música que vem se intensificando cada vez mais desde o advento da digitalização do entretenimento.

Como funcionam os contratos celebrados entre artistas e gravadoras? Quem fica com a maior parte da grana? É certo que bandas como 30 Seconds, Linkin Park, Coldplay, etc. são altamente rentáveis. Mas pra quem vai de fato a renda?

O documentário começa quando a banda tem em mente o projeto que acabou culminando no álbum "This is War", o melhor da banda, e percorre o trajeto trilhado durante a desgastante batalha judicial na qual o 30 Seconds era acusado de dever 30 milhões de dólares para a gravadora EMI.

Rico em entrevistas - com Amanda Palmer, Brandon Boyd (Incubus), Chester Bennington (Linkin Park) e Serj Tankian (System of a Down), além de Shannon Leto e Tomo Milicevic  (baterista e guitarrista do 30 seconds, respectivamente) - e bastante esclarecedor, o filme precisa ser visto, não só por conta de toda a crítica que é feita, mas também por acompanhar a criação do álbum em um estúdio totalmente adaptado em uma casa, em meio ao tormento e como eles souberam tirar o melhor proveito disso.

sábado, 18 de janeiro de 2014

O Grande Irmão

Batalhando pela minha meta de consumir cada vez mais cultura neste ano de 2014, acabei mais um livro no Kindle. E que livro!

"O Grande Irmão", da escritora inglesa Lionel Shriver (a mesma autora de "Dupla Falta", sobre o qual falei aqui no último post) relata agora sobre os problemas da obesidade, com lastros também com o tema da competitividade amplamente abordado no "Dupla Falta".

O livro é bem duro de ser lido, em virtude dos problemas pelos quais passa Edison, o irmão obeso de Pandora, a protagonista, incluindo o preconceito, a falta de estímulos para sair da terrível situação, a cultura das dietas sem o menor nexo, etc.

Ainda é mais dura a leitura quando se sabe que a autora passou pelo problema - o irmão de Lionel, Greg Shriver era obeso mórbido e morreu em 2009. Talvez por isso, a autora seja tão sistemática e não ortodoxa com relação à sua própria política de alimentação (ela tem apenas uma refeição por dia) e de exercícios (corre 15 quilômetros diariamente).

O livro mais uma vez demonstra como Lionel domina a arte da escrita e porque é um dos maiores nomes da literatura na atualidade, abordando temas como competitividade, frustração, obesidade, terrorismo e até mesmo a vida de um jovem assassino e os efeitos em sua família, como em "Precisamos falar sobre o Kevin", sua obra de maior sucesso.

Leia um pouco mais em:

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Dupla Falta, Garota Exemplar e Lorde

Bem, vou iniciar o meu ano de indicações com o meu primeiro livro lido em 2014 - "Dupla Falta", da excelente escritora Lionel Shriver, autora do best-seller "Precisamos falar sobre o Kevin", ganhador do Orange Prize, e que origem ao fantástico filme protagonizado por Ezra Miller, John C. Reilly e Tilda Swinton.

De forma sucinta, o livro aborda o universo de um casal que joga tênis profissionalmente. Willy e Eric são ótimos jogadores, mas um deles acaba tendo mais sucesso na vida profisisonal do que o outro, o que gera inúmeros conflitos, por conta da alta competitividade que o esporte provoca.

A questão central é o casamento e a sua sobrevivência ou não quando há tantas disputas envolvidas. Como a convivência pode ser harmoniosa quando é envolta de inveja?

Eu acabei me identificando muito com o livro pois me considero um competidor muito acirrado. Não gosto de perder em nada, muito menos naquilo que pratico com frequência e me considero um competidor regular (tênis e jogos de futebol no video-game são os maiores exemplos). Se é bom ou ruim, realmente não sei.

Como lidar que o seu sonho de toda uma vida seja conquistado com facilidade por uma outra pessoa e não por você? 

Enfim, a temática do casamento também fora abordado de forma mais dramática no livro "A Garota
Exemplar", de Gillian Flynn, um dos últimos livros que li no ano passado - trata-se de um suspense muito bem articulado em que Amy, a esposa de Nick, simplesmente desaparece, com suspeitas de ter sido sequestrada, e Nick começa a ser apontado como um dos principais suspeitos, na medida em que, ao longo das investigações, os podres do relacionamento começam a surgir.

O filme já está sendo rodado - com direção de David Fincher (Clube da luta, Seven, A rede social, etc.) e com Ben Affleck no papel de Nick.

Bem, pra terminar o post e aproveitando o tênis como referência, indico a música "Tennis Court" de uma das revelações da música pop do ano passado, a neozelandeza Lorde!


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um ano que sempre será presente.

É isso aí. 

2013 já se foi e é muito bom dizer que foi um ano em que eu realmente mudei, em que realmente consegui buscar novos objetivos e formas de se viver melhor. Ter descoberto o minimalismo me abriu inúmeras portas para uma vida mais saudável, mais palpável e alegre de ser vivida.

Jogamos inúmeras coisas inúteis fora, doamos milhares de outras, vendemos outras tantas, livramo-nos de dívidas. Descobrir e praticar o desapego aos bens materiais foi uma das maiores descobertas de toda a minha vida.

Pois quanto menos você tem, quanto menos você precisa ter pra ser feliz, mais chances de buscar fazer algo que você realmente gosta, mesmo que lhe pague menos que posições que te proporcionam maior status. No meu caso, larguei a advocacia para ser professor de inglês.

E ao largar a advocacia, larguei os antidepressivos, larguei o stress, larguei a tristeza. Claro que também larguei um ótimo salário, benefícios, etc. Mas ao colocar na balança, o que valia mais? Sem dúvida, a alegria de se viver dias tranquilos sempre irá prevalecer.

O minimalismo também fez com que 2013 fosse o ano no qual mais li (18 livros - inifinitamente menos que a minha mulher, que leu mais de 80!!) e assisti filmes (266 filmes). Além disso, descobri uma inifinidade de novas bandas que nem sabia da existência e hoje são presença constante em meus ouvidos. A minha ampliação cultural foi enorme e eu adoro isso!

Que 2014 seja ainda melhor e maior! E será!