terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ciné-Club (Reserva Cultural) / Você é tão bonito (Je vous trouve très beau)

Bem, aqui vai mais uma dica pra quem quer aproveitar o prazer de se ir ao cinema gastando pouco.

Sempre no último domingo de cada mês, a Reserva Cultural, em associação com a Aliança Francesa, apresenta o Ciné-Club, sempre com um filme francês. Por R$6,00 o ingresso, que você pode adquirir a partir da quinta-feira anterior ao último domingo, você tem o ticketpara o filme e leva, ainda, um café da manhã (croissant, pain au chocolate, suco e café).

Eu vou desde que o Ciné-Club foi implantado e acho uma ótima iniciativa para difusão do cinema francês aqui no Brasil e, de quebra, tomar um bom café da manhã a baixo custo.

No último domingo, o filme escolhido foi "Você é tão bonito", da diretora Isabelle Mergault. Uma ótima comédia sobre como os opostos podem se atrair.

Além disso, o filme mostra seus personagens como pessoas do campo e, portanto, desconectadas da internet, etc., e que se divertem tanto sem todo o aparato tecnológico.

Na história, Aymé Pigrenet (Michel Blanc) é um fazendeiro viúvo, que ao procurar por uma esposa numa agência de matrimônio recebe a sugestão de ir à Romenia. O motivo é que lá há muitas mulheres que sonham em se casar com um francês, para melhorar de vida. Aymé apenas precisa de alguém que possa ajudá-lo a manter a fazenda em perfeito funcionamento. Ao chegar ao país ele conhece uma bela jovem, Elena (Medeea Marinescu), cujas "experiências" não são exatamente as que ele almejava.

O cinema francês realmente mostra a Hollywood que não é preciso ir muito longe pra fazer humor de ótima qualidade.


Frances Ha



Depois de muito garimpar pela internet e não descobrir nenhuma fonte confiável de torrent para assistir o filme "Frances Ha", de Noah Baumbach, decidimos ir vê-lo no cinema. Primeiro, fomos ao Reserva Cultura - ingressos praticamente esgotados. Depois, na Livraria Cultura, o mesmo se repetiu. Nossa última tentativa foi o Espaço Unibanco (recuso-me a chamá-lo de Espaço Itaú) do Shopping Frei Caneca. Ingressos escassos nos impossibilitaram de assistir o filme em nossas poltronas favoritas, mas tudo bem.


Vamos ao cinema uma vez por semana- sem contar sessões gratuitas e a preços bem baixos (por ex. Cinesesc e CCSP). É uma paixão. Justamente por isso, não nos incomodamos em gastar dinheiro com isso. A bem da verdade, não considero um mero gasto, mas sim um investimento intelectual.

Pois bem, Frances Ha é um bom filme, embora conte com a mesma-atuação-de-sempre de Greta Gerwig, o que não é ruim, mas também não é algo que se destaque muito. Trabalhando com o marido, Noah Baumbech, ela está se transformando numa espécie de musa indie do cinema, tendo protagonizado filmes como "Lola Versus" e "Greenberg", dentre outros.

O filme em si mostra a jornada de Frances, que quer se dançarina, embora não tenha o talento necessário pra isso. Próxima dos 30 anos, ela se vê em um mundo sem muitas perspectivas tanto profissionais quanto amorosas, e, muito por conta disso, aproveita ao máximo as boas notícias que recebe - destaco a cena em que ela sai correndo pela rua ao som de Modern Love do David Bowie.

A fotografia em preto e branco é linda, ainda mais quando o cenário muda para Paris, assim como a trilha sonora bem interessante!

Confiram!


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A atitude minimalista

Bem, já faz alguns meses que eu e a Camila resolvemos adotar um outro estilo de vida. Buscando sistematicamente reduzir nosso consumo, em prol de uma vida mais sustentável, mais feliz, com mais tempo para fazermos o que quisermos e com menos obrigações orientadas tão somente a ganhar mais dinheiro para comprar coisas que não precisamos.

Vislumbramos que nossas vidas se completam com não muitas coisas/atividades externas, tais como filmes, livros, música, teatro. arte e viagens. Chegamos à conclusão de que nos sentimos completos quando fazemos qualquer uma dessas atividades e não quando compramos um novo par de tênis ou roupas.

O problema é que sempre somos bombardeados por todos os meios de mídia de que devemos consumir, consumir desesperadamente e manter todos os nossos gadgets, roupas, etc. atualizados ou, caso contrário, estaríamos ultrapassados. 

Isso não é nem de longe a verdade.

O que nos completa são as experiências que adquirimos, não as coisas que compramos.

Para completar, a partir do momento que eu e ela tomamos consciência disso, de que é possível sim ter uma vida mais auto-sustentável, sem termos que ficar sempre jogando o jogo capitalista e buscando adotar o american way of life, descobrimos também que isso nos ajuda a prestar mais atenção em nossa saúde, nas pessoas à nossa volta, ao meio-ambiente e na prática do desapego às coisas.

Então, a partir de agora, a proposta do blog passa a ser o de continuar a compartilhar minhas experiências com os filmes e peças que vi, livros que li, viagens, etc., mas sempre tentando dar dicas de como se incluir culturalmente em uma metrópole como São Paulo sem gastar muito ou nada!