quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Só por hoje

Às voltas com traquitanas tecnológicas, o homem moderno perde-se na busca inalcançável da felicidade e do bem-estar, mascarado pela posse fugaz de objetos e prazeres instantâneos. O dia, que deveria ter vinte e quatro horas, passa a ser insuficiente para a quantidade de atividades e compromissos inadiáveis.

Corremos atrás de metas e prazos impossíveis de serem cumpridos.

Na tentativa de melhorar essa existência imediatista, o homem moderno busca na espiritualidade, na prática de esportes e na alimentação, teoricamente, balanceada, o equilíbrio destruído por ele mesmo, mas comete o erro crasso de transferir à busca pelo bem-estar as metas e os prazos exigidos pelo trabalho e pela tecnologia reinantes.

O ideal seria que nos atentássemos a viver o agora, um dia de cada vez, ligados somente ao presente. Mas esse ideal é destituído da graça de estar à frente, de ultrapassar barreiras oferecidas pela suposta vida moderna.

E assim seguimos, só por hoje, tentando sobreviver. Crentes de que, um dia, alcançaremos a almejada "vida melhor"....

....Vida esta que nunca pode ser o dia de hoje.

Por Camila Perroni, vulgo meu amor!

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